segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Para lá do limite

Sartre disse que estamos condenados a ser livres, dando ainda mais fatalidade à condição humana. Talvez a condenação de cada surfista seja a busca do limite. Os seus próprios limites individuais e os limites últimos da natureza. Da Pororoca ao Severn Bore, passando pelas imagens que aqui estão em baixo. De Dungeons, a Cyclops, a Jaws, Teahupoo, à Cave e tantas, tantas outras, ondas de perigosidade extrema, de absoluto, em cada uma dessas ondas haverá sempre um surfista em busca do limite, em busca talvez de si. Algumas situações ultrapassam a possibilidade de as descrever sem que nessa transição do real para o discurso nada se perca. Este outro tipo de surf, neste outro tipo de ondas, é uma dessas situações. Numa época em que o mundo se está literalmente a desfazer alguns homens ainda procuram a tentação do limite. A pergunta que fica é o que está para lá desse limite?



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